Estou no local do encontro
Estou no local do encontro… estou a ficar inquieta da espera, por um lado, de estar parada, por outro!
São 17:30 e começo a ficar impaciente, a contrariar a vontade de continuar a viagem, a combater a sensação de desilusão por ilusão… irrito-me comigo mesma por permitir-me ter estes pensamentos devastadores de momentos potencialmente reluzentes.
Eis que vejo a figura a aproximar-se silenciosamente no reflexo do espelho da porta. Agora esboço um largo sorriso, convicta de não ser detetado, e todo o meu corpo se enche de um calor quase insuportável!
«Olá!» e fica especado a olhar para mim com um sorriso muito malandro. A energia descontrola-se dentro de mim… não consigo reagir de forma consciente e serena… solto um riso de longo alcance capaz de incutir a cura a um surdo! Senta-se quase em cima de mim como que a abafar as ondas sonoras que ondulam. Agarra-me nas mãos e diz que «não consigo aguentar esta pressão no estômago…»; a pausa deixa-me nervosa e quase a formular uma resposta. Balbucia «estou cheio de fome! Preciso de ir comer qualquer coisa» e eu fico ali assim, de boca entreaberta, feliz de não ter conseguido dar a resposta quase preparada para ir numa direção tão diferente.
- Perfeito. Vamos lá comer então e deixar esse estômago satisfeito! – Faço a reparação.
- Ah… sim… um gelado… é o que vou comer agora. Acompanhas-me?